Na noite de ontem, tivemos o segundo debate, este constituído por perguntas de eleitores indecidos, entre os principais candidatos a presidência dos Estados Unidos. O democrata Barack Obama, candidato a reeleição, e o republicano Mitt Romney travaram um embate quente, extremamente disputado e que, ao fim, terminou mais favorável para o lado democrata após uma atuação enérgica do atual presidente norte-americano.
Contudo, o que ficou notório foi que os acontecidos de ontem não alteram o panorama da disputa eleitoral, mantendo as coisas da forma que estão: extremamente equilibradas nas pesquisas mas com favoritismo para o lado de Obama.
O atual presidente teve uma atuação bastante diferente se comparada a do primeiro debate. Enérgico, confiante e agressivo, Obama apenas pecou no fato que, por algumas vezes, se perdeu em meio a enorme agressividade, não conseguindo expor com tamanha eficácia algumas de suas propostas, todavia, foi muito bem ao falar sobre as mulheres, o que contribuiu plenamente para melhorar sua imagem entre tal eleito, e atacar Romney quanto ao fato de que pelo fato de ele não aumentar os impostos das pessoas de classe social mais alta, ele estaria favorecendo os ricos.
Embora tenha obtido bom desempenho nos pontos citados acima, o momento de maior brilhantismo de Obama foi quando questionado sobre o assunto mais delicado para ele: o atentado de Benghazi que culminou na morte do embaixador Chris Stevens e de outros três americanos.
Quando questionado sobre o assunto, o democrata não quis prolongar o assunto. Foi simples e direto ao assumir a responsabilidade e dizer que os culpados serão punidos, isso com a extrema e mais perfeita segurança que um chefe de Estado deve ter. Tamanha foi a eficácia da resposta de Obama que Romney se mostrou encurralado, não esperava tamanho brilhantismo e pecou ao não buscar explorar mais o assunto, o que, com certeza, lhe renderia bons pontos na corrida eleitoral.
Bem, em meio a atuação agressiva de Obama e discussões infantis entre ambos os candidatos, outra coisa a se ressaltar é o fato de que a população não se mostra totalmente preocupada a política externa, tema tão batido pela imprensa.
Os questionamentos dos eleitores indecisos mostraram bem que a economia e o mercado de emprego são dois temas vitais e que possuem certa desconfiança em relação a gestão atual quanto a ambos os temas, ou seja, muito provável que o terceiro e derradeiro debate seja muito focado nisso com Romney tentando mostrar as falhas do adversário e suas propostas e o candidato democrata mostrando que poderá trazer melhorias em ambas as áreas nos próximos quatro anos.
Mesmo com a vitória de Obama, o enfrentamento da noite de ontem não trouxe grandes novidades a corrida eleitoral, dando ares dramáticos para o último debate que pode ser o fator decisivo das eleições nos Estados Unidos.
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